sexta-feira, 7 de novembro de 2014

BC do Japão surpreende e afrouxa mais política monetária
EQUIPE NUCSI15:06 0 comentários


BC vai aumentar ritmo em que coloca dinheiro novo no mercado. Órgão também vai elevar compras de dívida do governo.

O banco central do Japão afrouxou inesperadamente a política monetária por 5 votos contra 4, devido a preocupações de que a queda no preço do petróleo pesará sobre os preços ao consumidor e atrasará uma mudança da confiança para longe da deflação.

Aumentando, assim, o ritmo ao qual expande a base monetária (coloca dinheiro novo no mercado) para cerca de 80 trilhões de ienes (US$ 726 bilhões) por ano. Anteriormente, o banco central japonês tinha como meta um aumento anual de 60 trilhões a 70 trilhões de ienes. Além de elevar as compras de dívida do governo em cerca de 30 trilhões de ienes, e também ampliou a duração média do prazo em que detém a dívida do governo para cerca de 10 anos.

A questão seria, essa mudança irá funcionar? O Japão possui um problema estrutal de excesso de poupança no setor privado. As empresas tem acumulado muito dinheiro. A desvalorização da taxa de câmbio real pode aumentar a capacidade do Japão exportar o excesso de poupança. Ele precisa de uma reforma que reduza o excesso de poupança empresarial e aumente o potencial de crescimento econômico. 

O Banco Central Japonês insiste em dizer que a economia está se recuprando aos poucos. Entretanto, em abril, após o aumento do imposto sobre o consumo no Japão e a "substancial queda dos preços do petróleo" causaram uma pressão negativa sobre o índice de preços ao consumidor (IPC). O que causou um enfraquecimento da demanda.

O Japão possui um dos maiores PIBs do mundo e neste ano houve um grande decaimento sobre sua economia, recentemente publicaram a previsão que seu crescimento fiscal seria de 0,5% até março de 2015. Nesta situação o Banco Central Japonês, está tentando, com a ajuda do programa de compra de títulos da dívida pública e de ativos financeiros de maior risco, conseguir alcançar um aumento médio de preços em torno de 2% ao ano em 2015.

Fontes: 


Por Thais Silveira e Soraya Hara
Graduandas de Relações Internacionais - RIUCB