De facto, nesse dia, em 1947, a Assembleia Geral da ONU, em sessão especial presidida pelo ex-chanceler brasileiro Osvaldo Aranha, aprovou a resolução 181, conhecida como a Resolução pela Partilha da Palestina.
Essa resolução previa a criação, no território da Palestina, de um "Estado Judeu" e um "Estado Árabe", ficando Jerusalém como “corpus separatum” sob administração da ONU. Mas, dos dois Estados previstos pela Resolução, apenas um deles foi criado, o Estado de Israel.
O Povo Palestino, que hoje soma pouco mais de oito milhões de pessoas, vive disperso pelo mundo, em campos de refugiados nos países árabes vizinhos, ou sob o regime de ocupação militar israelitas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.
Portanto, a Resolução 181 jamais foi cumprida integralmente, e o Dia Internacional de Solidariedade foi instituído pela ONU para lembrar que a questão da Palestina permanece sem solução e que o povo palestino ainda tem que obter os seus direitos inalienáveis.
Os direitos inalienáveis são: direito à autodeterminação sem interferência externa, o direito à independência nacional e soberania, e o direito a retornar a seus lares e propriedades dos quais foram deslocados há 60 anos.
Numa mensagem por ocasião da data, a ONU diz que tem estado sempre à frente do esforço internacional, participando activamente na busca da paz e nas acções que visem aliviar o sofrimento do povo da Palestina.
Ainda segundo a ONU, “é com muito pesar que temos de reconhecer que a solução do conflito israelo-palestiniano continua fora do nosso alcance. As sucessivas oportunidades para fazer avançar o processo de paz foram vãs e a situação no terreno é motivo de profunda preocupação”.
“Neste Dia Internacional, a ONU assume o compromisso de dar um novo ímpeto ao processo de paz, para que os objectivos de soberania para os palestinos e de segurança para o Estado de Israel sejam alcançados, antes que esta tragédia faça mais vítimas”, lê-se na mensagem.
Fonte: ONU Brasil
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