quarta-feira, 16 de maio de 2012

Ameaças à Saúde do Planeta.
EQUIPE NUCSI16:06 0 comentários


A crescente população mundial e o consumismo ameaçam a saúde do planeta, alerta a organização ambientalista Fundo Mundial para a Natureza (WWF), que divulgou relatório sobre a saúde da Terra. A demanda por recursos naturais se tornou insustentável e exerce uma pressão "tremenda" sobre a biodiversidade do planeta, destaca a organização. A pesquisa citou o Qatar como o país com o maior desempenho ecológico, seguido do Kuwait e dos Emirados Árabes Unidos.
Dinamarca e Estados Unidos completam o ranking dos cinco primeiros, segundo cálculo com base na comparação de fontes renováveis consumidas contra a capacidade de regeneração do planeta. Foram levados em consideração nesta pontuação a área construída (urbanizada), a pesca, o uso das florestas, pecuária, emissões e área de cultivo. O Brasil, segundo o ranking do WWF, está na 56º posição, com um desempenho ecológico de 2,9 hectares globais por habitante, bem próximos à média mundial, que é 2,7 hectares globais por habitante.
De acordo com o estudo, "se todos vivessem como um morador típico dos EUA seriam necessários quatro planetas Terra para regenerar a demanda anual da humanidade imposta à natureza". O WWF afirma ainda que “se a humanidade vivesse como um habitante comum da Indonésia, apenas 2/3 da biocapacidade do planeta seriam consumidos”.
O relatório "Planeta Vivo" revelou que países de alta renda têm um desenvolvimento ecológico em média cinco vezes maior do que a de países de baixa renda. Segundo a pesquisa, a pegada ecológica dobrou de tamanho em todo o planeta desde 1966.
"Estamos vivendo como se tivéssemos um planeta extra à nossa disposição", disse Jim Leape, diretor-geral do WWF Internacional. "Estamos usando 50% mais recursos do que a Terra pode produzir de forma sustentável e a menos que mudemos o curso, este número crescerá rápido. Em 2030, mesmo dois planetas não serão suficientes", acrescentou.
A pesquisa, compilada a cada dois anos, reportou uma redução média de 30% na biodiversidade desde 1970, chegando a 60% nas regiões tropicais, duramente afetadas. O declínio foi mais rápido em países de baixa renda, "demonstrando como os países mais pobres e vulneráveis subsidiam o estilo de vida dos países mais ricos", destacou o WWF.
Em todo o mundo, cerca de 13 milhões de hectares de florestas foram perdidos por ano entre 2000 e 2010. "Uma demanda sempre ascendente por recursos de parte de uma população crescente põe uma enorme pressão sobre a biodiversidade do nosso planeta e ameaça nossa segurança, saúde e bem-estar futuros", informou o organismo.
O relatório é publicado às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, a quarta maior cúpula sobre o tema desde 1972, e que será celebrada em junho no Rio de Janeiro.
Segundo a ONU, cerca de cem líderes mundiais estarão presentes no Brasil, com o objetivo de determinar o caminho rumo a uma economia que possa equilibrar crescimento econômico, erradicação da pobreza e proteção ao meio ambiente.
O WWF quer ver sistemas de produção mais eficientes que possam reduzir a demanda humana por terra, água e energia e uma mudança na política governamental que medisse o sucesso de um país para além do Produto Interno Bruto (PIB).
Mas o enfoque imediato precisa estar na redução drástica da pegada ecológica dos países de alta renda, particularmente sua pegada de carbono, destacou o WWF. "A Rio+20 pode e deve ser o momento de os governos estabelecerem um novo curso rumo à sustentabilidade", disse Leape.
"Este relatório é como um check-up planetário e os resultados indicam que temos um planeta muito doente", alertou Jonathan Baillie, diretor do programa de conservação da Sociedade Zoológica de Londres, que coproduziu o relatório, em conjunto com a organização Global Footprint Network, que elabora a pegada ecológica.
Por: Arthur Oliveira.

Fonte: G1.
In Category :
About The Author Ali Bajwa Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore. Magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Facebook and Twitter

0 comentários

Postar um comentário

Deixe aqui a seu comentário.