Nos últimos dias ocorreu um atrito nas relações entre Estados Unidos e China em relação ao caso de Chen, um dos ativistas mais famosos da China, se refugiou na Embaixada americana por seis dias e fez com que Pequim pedisse a Washington desculpas oficiais. Essa questão evidenciou a questão dos direitos humanos na China, e levou a um quase embrolho diplomático com os Estados Unidos, que defendeu o ativista. A questão de Chen, se refere a um fato passado no qual ele foi colocado sob prisão domiciliar em 2010 e condenado a passar mais de quatro anos preso sob a acusação de prejudicar o tráfego e danificar propriedades, além de acusar autoridades locais em Linyi, na Província de Shandong, de forçar milhares de mulheres a fazer abortos ou serem esterilizadas como parte da política oficial de filho único.
A crise diplomática ocorreu na mesma semana em que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, viajou à China para presidir o IV Diálogo Estratégico e Econômico entre os dois países, uma reunião anual que nesta edição ficou em segundo plano devido ao caso Chen. O Governo da China abriu nesta sexta-feira a porta para o dissidente Chen Guangcheng viajar aos Estados Unidos para estudar, no mesmo dia em que os dois Governos encerraram um diálogo estratégico onde admitiram diferenças na adoção de direitos humanos.
Portanto temos que a pressão norte americana de adotar uma posição firme em relação a defesa do ativista chinês, muito sob pressão da oposição a Barack Obama nas próximas eleições, Mitt Romney, que chegou a acusar o governo atual de incapaz de gerir boas relações bilaterais com a China. Temos que a posição chinesa em conceder que Chan fizesse intercâmbio para os EUA representou a primeira medida tomada por Pequim para encerrar as tensões diplomáticas entre China e EUA que duraram semanas. Porém esse atrito serviu como motivo para Estados Unidos pressionarem a China quanto aos direitos humanos limitados e para que a China deixasse bastante claro, que existem diferenças entre ambos os países, e que cada um deve lidar com seus próprios problemas.
Fonte: G1.com; Reuters.com; Folha.com
Por Breno Augusto
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