Nos últimos dias circulou na mídia internacional uma fala feita pelo líder espiritual, Dalai Lama, acerca de que a China tentaria envenená-lo para que as manifestações no Tibet se acalmassem, por ele representar o símbolo da resistência ao regime comunista desde a década de cinquenta e se recusar a condenar os protestos, acusando Pequim de supervisionar um "genocídio cultural" contra os tibetanos.
A China controla o Tibete desde 1950, quando tropas de Pequim invadiram a região após a batalha sangrenta de Qamdo, uma das cidades mais populosas da região. Em 1959, Dalai Lama e alguns apoiadores deixaram o país, buscando exílio em Dharamsala, região no Himalaia. Desde então, tibetanos pedem pelo fim da dominação chinesa e a volta do líder espiritual.
Diante de tal questão, o Ministério do Exterior da China, através de seu porta voz, Hong Lei, chamou a informação de falsa e que não vale a pena para governo chinês discutir e argumentar contra afirmações do tibetano, dizendo ainda que o líder espiritual se aproveita da religião para enganar as pessoas.
Dalai Lama |
Com um tom mais enfático, um dos principais veículos de comunicação chinês, o Global Time publicou em seu site que se fosse do desejo das autoridades chinesas a morte de Dalai Lama, ele já o teria sido eliminado antes. Já o diário britânico Sunday Telegraph publicou em seu site oficial um vídeo com a denúncia de Dalai Lama, que afirma que autoridades de Pequim teriam treinado agentes femininas para colocar veneno nos cabelos e nas roupas para quando o religioso as tocasse para dar a benção, entrasse em contato com o veneno.
Portanto temos que as publicações em sites ingleses e o encontro do Primeiro-ministro britânico, David Cameron, com Dalai Lama fez com que a China expressasse forte insatisfação com os ingleses. A questão política que existente entre a China e o Tibet se estende por mais de 50 anos, marcados por protestos e forte repressão do sistema chinês, que através da censura e opressão mantem o controle sobre o território.
Fonte: O Globo
Feito por: Breno Augusto Alves
0 comentários
Postar um comentário
Deixe aqui a seu comentário.