Nascido em 15 de março de 1948, no Rio de Janeiro, Sérgio Vieira de Mello ingressou cedo na carreira diplomática, seguindo a profissão de seu pai, que trabalhou na Argentina durante muitos anos. Aos 21 anos, começou a atuar na ONU, conciliando o seu trabalho com os estudos de filosofia na Universidade de Paris, onde morava.
Na entidade, o brasileiro atuou no setor da ONU para refugiados, em Genebra, e serviu em operações humanitárias e de paz por regiões submetidas a conflitos e guerras como em Bangladesh, Sudão, Chipre, Moçambique e Peru.
Conhecido como hábil negociador, Mello se destacou na área humanitária e, em 1981, foi nomeado para o cargo de Conselheiro Político Sênior das forças da ONU, no Líbano. Depois disso, ocupou diversas funções importantes na instituição, como a de diretor de departamento regional para Ásia e Oceania, enviado especial do Alto Comissário ao Camboja e coordenador humanitário da ONU na região dos Grandes Lagos, na África.
Em 1996, Mello foi nomeado Assistente do Alto Comissário da ONU para refugiados e, dois anos depois, assumiu em Nova Iorque o cargo de subsecretário geral para casos humanitários e coordenador de Emergência.
Em Kosovo, assumiu temporariamente a função de representante geral do secretário-geral da entidade. Já no Timor Leste, serviu como administrador transitório da ONU, levando o país à independência e à realização de eleições livres.
Em 12 de setembro de 2002, foi nomeado para o cargo de Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU, o mais alto posto da instituição em Direitos Humanos, onde ficaria até 2006. Em junho do mesmo ano, afastou-se da função para assumir como representante especial do secretário-geral, Kofi Annan, para o Iraque. No país, onde passaria quatro meses, Mello tinha a missão de trabalhar para restabelecer a tranqüilidade e ajudar o país a construir um governo democrático no pós-guerra.
A sua missão foi interrompida após a explosão de um carro-bomba estacionado em frente ao hotel que servia de sede provisória da ONU no país. Aos 55 anos, o diplomata e outros 21 funcionários foram mortos e cerca de 150 pessoas ficaram feridas no mais violento ataque realizado contra uma missão civil da ONU até aquela época. Atribuído pelos Estados Unidos à rede Al Qaeda, o ataque provocou a retirada dos funcionários estrangeiros do órgão do território iraquiano.
Após o velório no Brasil, o corpo do diplomata foi enterrado no cemitério de Plainpalais, em Genebra. Alguns meses após o atentado, a ONU realizou uma homenagem póstuma, entregando o Prêmio de Direitos Humanos das Nações Unidas àquele que foi um dos mais importantes diplomatas do Brasil e da entidade. Separado, Mello teve dois filhos com sua esposa francesa: Laurent e Adrian.
Na entidade, o brasileiro atuou no setor da ONU para refugiados, em Genebra, e serviu em operações humanitárias e de paz por regiões submetidas a conflitos e guerras como em Bangladesh, Sudão, Chipre, Moçambique e Peru.
Conhecido como hábil negociador, Mello se destacou na área humanitária e, em 1981, foi nomeado para o cargo de Conselheiro Político Sênior das forças da ONU, no Líbano. Depois disso, ocupou diversas funções importantes na instituição, como a de diretor de departamento regional para Ásia e Oceania, enviado especial do Alto Comissário ao Camboja e coordenador humanitário da ONU na região dos Grandes Lagos, na África.
Em 1996, Mello foi nomeado Assistente do Alto Comissário da ONU para refugiados e, dois anos depois, assumiu em Nova Iorque o cargo de subsecretário geral para casos humanitários e coordenador de Emergência.
Em Kosovo, assumiu temporariamente a função de representante geral do secretário-geral da entidade. Já no Timor Leste, serviu como administrador transitório da ONU, levando o país à independência e à realização de eleições livres.
Em 12 de setembro de 2002, foi nomeado para o cargo de Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU, o mais alto posto da instituição em Direitos Humanos, onde ficaria até 2006. Em junho do mesmo ano, afastou-se da função para assumir como representante especial do secretário-geral, Kofi Annan, para o Iraque. No país, onde passaria quatro meses, Mello tinha a missão de trabalhar para restabelecer a tranqüilidade e ajudar o país a construir um governo democrático no pós-guerra.
A sua missão foi interrompida após a explosão de um carro-bomba estacionado em frente ao hotel que servia de sede provisória da ONU no país. Aos 55 anos, o diplomata e outros 21 funcionários foram mortos e cerca de 150 pessoas ficaram feridas no mais violento ataque realizado contra uma missão civil da ONU até aquela época. Atribuído pelos Estados Unidos à rede Al Qaeda, o ataque provocou a retirada dos funcionários estrangeiros do órgão do território iraquiano.
Após o velório no Brasil, o corpo do diplomata foi enterrado no cemitério de Plainpalais, em Genebra. Alguns meses após o atentado, a ONU realizou uma homenagem póstuma, entregando o Prêmio de Direitos Humanos das Nações Unidas àquele que foi um dos mais importantes diplomatas do Brasil e da entidade. Separado, Mello teve dois filhos com sua esposa francesa: Laurent e Adrian.
Em sua carreira de trinta anos nas Nações Unidas, grande parte dedicada ao ACNUR, Sérgio Vieira de Mello atingiu tantas conquistas que resumir seus sucessos seria diminuir as brilhantes contribuições deste homem extraordinário às vítimas de crises humanitárias e mesmo à humanidade como um todo. Ele pagou o preço final por suas convicções, princípios e dedicação em prover uma vida melhor aos desafortunados e vítimas mudas das atrocidades e crueldades humanas. Todavia, buscando enaltecer os mais importantes apectos de suas contribuições, são resumidas a seguir :
• Primeiro Plano de Ação Compreensivo do ACNUR (CPA), que colocou fim à Crise das “pessoas flutuantes” no Vietnã.
Como Diretor do Escritório para a Ásia (1988-1990), Sérgio planejou o primeiro Plano de Ação Compreensivo do ACNUR visando endereçar os problemas que pressionavam os refugiados da Indochina. O Plano de Ação Compreensivo foi lançado na Conferência Internacional de Refugiados da Indochina em acordo com o então Secretário Geral Perez de Cuellar em Genebra, Suíça, em junho de 1989. De forma unânime o Plano de Ação Compreensivo foi aceito pela conferência. Isto resultou em prover o ACNUR numa direção compreensiva para auxílio ao movimento das pessoas que flutuavam em busca de opção e provendo uma posterior proteção e assitência. Foi adotado pelo ACNUR como modelo para os planejamentos guias da organização que visassem prover proteção e assistência a refugiados. Mais tarde, em meados de 1995 quando o Plano de Ação Compreensivo vacilava sem rumo, o então Alto Comissário Sadako Ogata solicitou à Sérgio, então Diretor de Operações, para que assumisse tais responsabilidades. Ele rapidamente estabeleceu uma importante reunião interna em Cingapura para mapear as finalidades estratégicas do ACNUR. Isto foi seguido de um encontro com todos os países membros do Plano de Ação Compreensivo em Bangkok, os quais concordaram com uma data para finalizar a CPA. As coisas começaram a melhorar dali em diante e a CPA foi concluída em fevereiro de 1996.• O acordo com o Khmer Vermelho para estabelecer com segurança a repatriação e o reassentamento de sucesso de mais de 370,000 Refugiados Cambodianos.
A despeito de todos conselhos de seus colegas, Sérgio – então Diretor da Autoridade Transacional da Operação de Repatriação e Reassentamento das Nações Unidas no Cambodia (UNTAC) em Phnom Penh, e Enviado Especial da ACNUR pelo Alto Comissário Ogata ao país (1991-1993), assumiu sozinho e de forma corajosa a missão no coração da terra do Khmer Vermelho. Sérgio negociou com o tão temido Khmer Vermelho um acordo bem amarrado que levou a um reassentamento bem sucedido de 370,000 refugiados do Cambodia.
• Planificação e organização de uma Conferência Regional sobre movimentos de refugiados da Comunidade dos Estados Independentes (CIS) resultando num Programa de ação para solução de problemas quanto ao deslocamento de refugiados num âmbito humanitário.
Em sua posição como Diretor de Operações e Planejamento (1994-1996), Sérgio, trabalhando de forma muito próxima ao Escritório para Europa, liderou a planificação e organização da Conferência Regional dos Movimentos de Regugiados da Comunidade dos Estados Independentes (CIS). A Conferência, apoiada pelo então Secretário Geral Boutros Boutros Ghali em Genebra nos dias 30 e 31 de maio de 1996 adotou um histórico Programa de Ação que estabeleceu um fórum regional para discussão e solução dos problemas de deslocamento populacional e refugiados num tom humanitário e não político. Sérgio revisou os movimentos populacionais que ocorriam nos países da Comunidade dos Estados Independentes (CIS), deixando claro as categorias de preocupações e propôs metas para controlar e administrar tais movimentos.
• Liderança efetiva no Timor Leste como Administrador Transicional da ONU resultando no restauro dos serviços sociais básicos, estabelecendo governabilidade, democracia, eleições e um governo estável.
Durante o mandato de Sérgio como Administrador Transicional da ONU no Timor Leste (1999-2002), ele reforçou o restauro dos serviços sociais básicos e infraestruturais e estabeleceu governabilidade, democracia, e promoveu eleições gerando a emergência de um governo estável em cujas mãos ele entregou o país.
• Promoção de princípios de direito humanitário no Iraque apoio à população para restaurar a soberania de seu país e retornar à comunidade das nações.
Como Representante Especial do Secretário Geral (SRSG) para o Iraque (2003-2004), Sérgio - fiel ao seus princípios de justiça e igualdade – tomou uma posição forte e consistente ao debater acerca dos direitos para a população local a fim de que decidissem a melhor modalidade para plenamente restaurar a soberania de seu país e retornar à comunidade das nações. Pagou assim o preço final com sua vida enquanto defendia e promovia tais princípios.
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