Após cinco eleições mal sucedidas o parlamento italiano
finalmente conseguiu eleger um chefe de estado. O atual presidente, Giorgio
Napolitano, pela primeira vez na história italiana, foi reeleito para um novo
mandato de sete anos.
A reeleição só foi possível através de um consenso entre a esquerda de
Pier Luigi Bersani, a direita de Silvio Berlusconi e as forças
moderadas do atual primeiro ministro, Mario Monti. O governo se manteve
dividido desde as eleições de fevereiro e somente agora coalizões
começam a tomar forma.
Contrariado, o ex-comediante e líder do MoVimento 5 estrelas, Beppe
Grillo, incitou a população a protestar contra o pleito, o qual,
segundo ele, foi um golpe contra a mudança e a renovação.
E a cada momento o parlamento perde o apoio popular. A falta de
estabilidade impede o governo de tomar medidas contra a crise econômica
que assola país, e a crescente aproximação entre a esquerda e a direita pode ter
efeitos colaterais a longo prazo.
Diante de tantas dificuldades, a reeleição de Napolitano pode ter sido a escolha
mais simples e momentaneamente eficaz, mas com o sistema parlamentar à beira
da ruptura, esse talvez seja o tempo de se promover mudanças e não
manutenções.
Fontes: www.nytimes.com, www.repubblica.it,
www.g1.globo.com
Victor
Milhomem, aluno do primeiro semestre de Relações
Internacionais: RI-UCB
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