No fim do mês
de agosto, o ex-premiê Silvio Berlusconi assinou um abaixo-assinado que visa
uma reforma do sistema judiciário, em que busca evitar a sua expulsão do Senado
após ter sido condenado à quatro anos de prisão por evasão fiscal.
O Partido
Povo da Liberdade (PDL), de Berlusconi, apesar de ter votado à favor da lei em
que o mesmo não poderá continuar no Senado, após o escândalo, contesta a
veridicidade da mesma.
A retirada do
PDL implicaria em uma possível derrubada e uma possível crise política do
governo italiano em um momento crucial de recuperação da recessão.
Já no dia 4
de setembro, os aliados de Berlusconi aumentaram as pressões sobre o governo
que se encontra instável devido aos acontecimentos recentes, com ameaças de
derrubá-lo se for aprovada a expulsão do ex-premiê.
O PDL afirmou
no dia 5 de setembro que não poderá continuar se o Senado decidir pela retirada
da cadeira parlamentar de Berlusconi e isso significa o colapso do governo, de
acordo com o Senador Altero Matteoli.
O governo
italiano busca desesperadamente evitar a crise política, com um intuito de, ao
evitá-la, não coloque em risco a confiança pública e nem ameace as finanças do
país, reafirmando assim, que não há dúvidas sobre a estabilidade orçamental
italiana.
Com a
recessão e a luta para conter a dívida política em voga, a tensão sobre o Caso
Berlusconi levou a população e o governo a relembrar os acontecimentos que
tomaram de conta da zona do euro em 2011, em que o governo Berlusconi foi
destituído devido a indícios de uma crise da dívida em estilo grego.
Ao mencionar
escândalos políticos, é impossível não lembrar do Mensalão brasileiro,
deflagrado no primeiro mandato do governo de Luís Inácio Lula da Silva do
Partido Trabalhista, em 2005, ao qual está em pauta até hoje (2013) e se
autorizado, um novo recurso apresentado nessa primeira semana de setembro, será
prorrogado para 2014.
A diferença
entre a eficiência do sistema judiciário brasileiro e o italiano é imensamente
grande. Em três meses, o Caso Berlusconi está caminhando para uma solução, já o
mensalão, somente agora, após 9 anos, está em rumo ao seu final.
Fonte:
Ilsole24ore; La Stampa; La Repubblica.
Joyce Roeder.
2º Semestre de Relações Internacionais. RiUCB.
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