. Em eleição realizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), neste
sábado, em Buenos Aires, na Argentina, a cidade japonesa venceu uma disputa que
durou longos meses, contra Istambul (Turquia) e Madri (Espanha), e terá o
direito de receber o evento depois do Rio, que organizará os Jogos de 2016.
Havia uma expectativa de muito equilíbrio na eleição, sem que ninguém
pudesse ser apontado como favorito. E isso ficou claro na primeira rodada da
votação, quando precisou acontecer um desempate entre Madri e Istambul - Tóquio
avançou direto para a disputa final, mas sem a maioria necessária para ser
apontada como a vencedora. Aí, no confronto direto entre as duas, a cidade
turca levou a melhor e provocou a eliminação espanhola.
Na sequência, os membros do COI fizeram uma nova votação, dessa vez
entre Tóquio e Istambul, para apontar a sede olímpica. Depois de computados os
votos, a entidade esperou quase uma hora para fazer o anúncio oficial da
vencedora. Assim, encerrando uma eleição que durou meses e culminou com um
longo dia de disputa em Buenos Aires, a cidade japonesa levou a melhor sobre a
rival turca e ganhou o direito de receber a Olimpíada de 2020.
Essa é a segunda vez que Tóquio receberá a Olimpíada, depois da edição
de 1964. Na eleição anterior, perdeu a disputa por 2016 para o Rio. Dessa vez,
porém, ganhou o direito de ser novamente a sede olímpica. Mesmo tendo o menor
apoio popular entre as três finalistas, a candidatura japonesa teve como trunfo
a força econômica do país. Assim, desbancou Istambul, derrotada pela quinta
vez, e Madri, que já perdeu a chance em quatro oportunidades.
CANDIDATURAS - Antes da votação, as três finalistas tiveram a chance de
fazer uma última apresentação aos membros do COI neste sábado. Cada uma tratou
de valorizar seus pontos fortes e minimizar possíveis problemas na organização
da Olimpíada. E todas levaram poderosos cabos eleitorais a Buenos Aires, como o
presidente da Espanha, Mariano Rajoy, o primeiro-ministro da Turquia, Recep
Tayyip Erdogan, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe.
Apesar da crise econômica na Espanha, a candidatura de Madri lembrou que
precisaria de pouco dinheiro para se preparar, pois 80% dos investimentos
necessários já foram realizados. O discurso adotado pelos turcos foi de que
Istambul é a "a cidade da amizade e da paz", mesmo com a proximidade
do conflito na Síria. E os japoneses trataram de minimizar o risco de
contaminação nuclear por causa do acidente em Fukushima, distante 220
quilômetros de Tóquio.
Comentário: a noticia
mostra a capacidades que grandes evento têm sobre suas relações internacionais
de usá-los para transformar a imagem do seu país e estimular a capacidade
criativa e cultural da sua nação apesar dos argumentos de Madri e Istambul fossem muito mais interessantes
que Tóquio a COI após dos problemas enfrentados com Brasil em
relação a prazos ,levou aos júri a não ousar e escolher aquele que tinha maior
historio de compromissos com prazos ,estabilidade política e financeira dentre
os concorrentes.
Camilla Lisboa
2º Semestre de Relações Internacionais da Universidade
Católica de Brasília
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