O Plano de Ação de São Petersburgo,
documento elaborado pelos países do G20 para "reforçar" a retomada de
crescimento global e lidar com seus "riscos de curto prazo", lista
uma série de ações tomadas pelo Brasil que, na avaliação do grupo,
contribuiriam para esse objetivo.
Após reunir-se em São Petersburgono último dia (6),
os líderes do G20 chegaram a um consenso sobre esse "plano de ação",
apresentado como um roteiro para acelerar o crescimento global e criar
empregos.
Na realidade, o texto não inclui projetos novos,
mas sim uma coletânea de iniciativas que já estariam sendo implementadas pelos
países do grupo em uma tentativa de reativar suas próprias economias.
Entre as contribuições para garantir uma aceleração
do crescimento e aumento do nível dos investimentos na economia global, o Plano
de Ação cita duas iniciativas brasileiras.
Primeiro, menciona especificamente os leilões de
6,9 mil quilômetros de rodovias que serão realizados neste mês e poderiam
levantar, por meio de parcerias público-privadas, investimentos da ordem US$ 25
bilhões, de acordo com o documento.
Segundo, de forma mais ampla, cita os incentivos
fiscais e esforços para criar formas de financiamento "inovadoras"
para o Programa de Investimento em Logística, que prevê a aplicação, em cinco
anos, de US$ 71 bilhões em obras que "reduziriam os gargalos da economia
brasileira e criariam empregos".
Câmbio
Ao mencionar os problemas de volatilidade cambial
provocada por fluxos de capitais, o documento ressalta o programa anunciado
pelo Banco Central brasileiro recentemente, que prevê intervenções diárias no
mercado de dólar.
Segundo o texto chancelado pelo G20, tais
intervenções reduziriam as "incertezas" e aumentariam a
"transparência" no mercado de divisas brasileiro, lhe
"oferecendo proteção e liquidez".
Por fim, o plano de ação também destaca
investimentos que o Brasil teria se comprometido a fazer na área de educação,
como o financiamento de programas de bolsas de estudo dentro e fora do país e a
criação de quatro novas universidades públicas até 2018 e 208 escolas técnicas
até 2014.
Tanto esse roteiro de ação quanto a declaração
final da cúpula do G20 reconhecem avanços feitos no último ano no combate aos
efeitos da crise financeira nos EUA e Europa, mas manifestam preocupação com
alguns problemas antigos - como o desemprego juvenil no mundo rico - e outros novos
- particularmente, o desaquecimento de algumas economias emergentes.
"Enquanto o crescimento continuou em alguns
mercados emergentes, desacelerou em outros", notam os dois documentos.
"Apesar de nossas iniciativas, a recuperação é fraca e ainda há
riscos", completam, mencionando o aumento da volatilidade dos mercados
financeiros dos últimos meses.
Comentário: Apesar das listas anticrises do Brasil serem
grande estimulo para os países do G20 o
País ainda enfrenta problemas para controlar a inflação e fazer o PIB
crescer o que demonstra a fragilidade do Governo em Administrar e implementar
políticas publicas que não só sirva de exemplo mas que tragam maior segurança
para consumidores e investidores do Brasil.
Camilla Lisboa 2º Semestre de Relações Internacionais na
Universidade Católica de Brasília
FONTE BBC: 6 de setembro,
2013
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