Apesar
das fortes evidências de um programa nuclear iraniano de fins não pacíficos, o
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na última segunda-feira (05)
que ainda há uma janela para a diplomacia e sanções, tentando evitar, dessa
forma, um conflito armado no Oriente Médio, apesar de não excluir a
possibilidade de um ataque militar ao Irã. No mesmo caminho, o primeiro
ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou
que está se esgotando o tempo para diplomacia com o país, e disse sofrer
pressões da cúpula do exército para atacar, pois esta seria a hora certa.O
premier israelense, em visita aos
Estados Unidos, foi recebido na Casa Branca, e teve o Irã como assunto
principal na conversa com o presidente norte-americano. Lá, reiterou que os
líderes mundiais não devem permitir que haja algum programa iraniano que vise à
construção de armas nucleares.
Obama,
ao passo em que procura evitar um novo conflito no Oriente Médio, tem que
mostrar apoio a Israel, principal aliado do país naquela região. Além disso, há
muitos judeus nos Estados Unidos, que representam uma grande parte da
comunidade eleitoral americana e ajudam a financiar a campanha dos Democratas.
Um conflito no Oriente Médio agora, também levaria ao aumento no preço do
petróleo, o que atrapalharia a recuperação econômica dos Estados Unidos.
Nesta
última quinta-feira (08) o grupo P5+1, reunido em Viena, emitiu um comunicado a
Teerã, para que dêem início a um diálogo que produza resultados concretos, a
partir de negociações sérias e sem pré-condições. Grã-Bretanha,
Estados Unidos, França, Alemanha, Rússia e China (o P5+1) mostraram-se
preocupados com os últimos dribles do Irã em relação às visitas de inspetores
da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). Fotos divulgadas por um
país da Agência mostram que caminhões poderiam estar sendo usados para
descartar material radioativo criado durante testes em Parchin.
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