A Líbia, um país africano localizado no norte do
continente, que há um ano, por intermédio de rebeliões e revoltas contra o
regime ditatorial de Muamar Kaddafi, resultando em sua morte no ano de 2011, o
qual por 42 anos governou uma das regiões mais ricas em petróleo do mundo, é um
país que vem conquistando sua independência, mas passa agora, por um processo
de busca à estabilidade regional.
Um ano após a ruptura do referido regime
ditatorial, ainda se pode ver na região, epicentros de conflitos formados pela
tentativa de se estabelecer a ordem através da decisão de um possível novo
governo regional.
Chefes de milícias e líderes do leste do país
optaram por darem seus primeiros passos em direção à secessão, na tentativa de
que se estabeleça um Estado que tenha como princípio de governo o federalismo.
Ao declararem Benghazi
uma região semiautônoma em relação à Trípoli, aquela, epicentro dos conflitos
no ano passado, chefes de milícias e líderes do leste do país encontraram
forças opostas à ideia de um regime federalista na região; os opositores a
ideia, entre os quais o Conselho Nacional de Transição, acreditam que o
resultado da ruptura do regime de Kaddafi deveria resultar em uma Líbia mais unida.
Para os adeptos à implantação de um regime
federalista, o novo Estado, anunciado "região federal unionista" de
Barka, terá seu próprio parlamento, força policial e tribunal; porém, os recursos
petrolíferos, a elaboração da Política Externa do país e o Exército Nacional
ficariam a cargo de Trípoli.
Segundo o jornal Correio Brasiliense, Mustafá Abdul
Jalil, líder do CNT declarou: “Os Líbios lutaram por uma Líbia unida, por isso
esses pedidos não devem ter consequência alguma”. Para ele, o adereço ao
Federalismo seria retroceder a uma forma de governo primitiva anterior à morte
de Kaddafi; e ainda, segundo o Primeiro Ministro, Abdul Rahim Al-Kib: “ O
federalismo é desnecessário (...) Não queremos voltar 50 anos atrás”.
Apoiada pelo presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, a Líbia planeja realizar suas primeiras eleições para uma
Assembleia Constituinte em junho, de acordo com uma declaração do líder do
Conselho Nacional de Transição, depois da derrubada do ditador Muammar Kadhafi.
Apesar das inúmeras decisões a serem tomadas, e do
ainda instável cenário Líbio, espera-se que a Líbia caminhe em direção a um
desfecho pacífico de mais um capítulo por sua luta à liberdade.
Por: Bianca Taufer Jobim.
Fontes:
Correio Brasiliense. Mundo.
página 17.
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