O impasse
entre e Israel e Irã aumenta a cada dia. Convicto que será melhor atacar o Irã
por meio de uma intervenção, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense,
pediu ao secretário da Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, durante uma
reunião em Washington, que aprove a venda de armas suficientes para bombardear
o Irã. As informações foram publicadas pelo jornal israelense Haaretz tendo
como base um alto funcionário norte-americano. Apesar de ter a mesma opinião
sobre o governo israelense em relação ao programa nuclear iraniano, o
presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou que a crise ainda pode ser
solucionada de maneira diplomática, e aproveitou para criticar a posturas dos
pré-candidatos republicanos, que são favoráveis a um ataque ao Irã. A Agência
Internacional de Energia Atômica (AIEA), em uma recente visita ás usinas
nucleares do Irã, indicaram que o país iniciou a produção de urânio enriquecido
a 20% em Fordo - a 150 quilômetros no sudoeste de Teerã- com 90%, o urânio já pode servir para a
fabricação de uma bomba atômica. Baseado nesse e outros estudos, Israel, Estados
Unidos e a a União Europeia têm a certeza que o Irã está com intenções de
produzir uma bomba atômica. E temendo as consequências desse ato, eles
aprovaram sanções econômicas mais rígidas ao regime islâmico- proibição
imediata de novos contratos para a compra de petróleo do Irã por parte dos
países do bloco, restrições ao Banco Central iraniano e expandir uma série de
outras medidas já existentes que visam diminuir a capacidade do Irã de negociar
com outros países, entre outras.
Não é só
por querer resolver o assunto de maneira diplomática que os Estados Unidos vem
tentando impedir que Israel ataque o Irã. Apesar de o Irã ser fraco
militarmente, ele possui aliados como o Hamas e o Hezbollah. O Hezbollah tem
mais de 10 mil lançadores de foguetes - muitos fornecidos pelo Irã – ao sul do
Líbano que podem atingir qualquer parte de Israel. Na área marítima, o Irã
possui barcos capazes de depositar minas e atacar embarcações maiores, que
poderiam fechar o estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico –
importante caminho por onde passa o petróleo-, algo que poderia aumentar o
preço do produto. Se Israel entrasse em confronto direto com o Irã, os Estados
Unidos se veriam obrigados a intervir, gerando um grande embate na região e
prejudicando a imagem já arranhada dos EUA perante os islâmicos. Israel está
certo que atacando o Irã resolverá todos os seus problemas com seu perigoso e
imprevisível inimigo, mas o que ele está não está avaliando são as enormes
consequências que esses ataques provocariam não só naquela região, mas em todo
o mundo já que uma intervenção desse formato dificilmente seria aprovada pelo
Conselho de Segurança da ONU já que o Irã não lançou um ataque armado
contra Israel ou os EUA e por falta de provas que o país está, de fato,
enriquecendo urânio com o objetivo de desenvolver uma bomba atômica.
Por: Thaís Aguiar.
Referências:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,netanyahu-pediu-aos-eua-armas-para-atacar-ira-afirma-jornal,845402,0.htm
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