Qualquer desfecho da crise no
país onde o regime é implacável, e a oposição, desunida, respingarão na já
explosiva região do Oriente Médio, diz especialista.
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/com-ou-sem-bashar-assad-futuro-da-siria-e-preocupante
Veja 15/03/12
Sinto que ainda existe uma visão romântica
acerca da resolução dos conflitos pelo mundo. É tão simples pensar que os
rebeldes vão vencer a guerra contra o governo ditador; e depois vão
se organizar politicamente e tudo será lindo, em uma perfeita organização
social jamais vista antes.
Quem dera fosse assim tão fácil! Existem
muitos outros fatores que influenciam em um conflito. O caso da Síria é um
grande exemplo, em meio a tantos outros, que a vitória ou derrota dos rebeldes
não significa o fim do problema, e sim outra parte dele.
Há um ano atrás as manifestações contra o
regime de Bashar Assad começaram, influenciadas por outras que aconteciam em
países vizinhos. A repressão por parte do governo foi rápida, e continua sendo
impiedosa, levando a muitas tentativas de resolução por parte das Nações
Unidas.
Segundo especialistas, existem dois
desfechos: o governo ganha, ou os
rebeldes derrubam o ditador (que está no poder por quase 12 anos, sendo
sucessor de seu pai). No primeiro caso, com certeza o governo não deixará os
rebeldes impunes. Porém, se os rebeldes conseguirem derrubar o atual poder, não
está tudo resolvido, pois existem divisões dentro do próprio grupo rebelde,
levando à uma guerra entre os próprios.
Não é possível saber até que ponto uma
intervenção internacional seria necessária e como poderia ocorrer. Colocar
armas nas mãos dos rebeldes, seria beneficiar grupos terroristas que são contra
o regime (Assim como disse Hillary Clinton, secretária de estado americana). No
momento, somente uma ajuda humanitária é válida.
Não há como saber o desfecho dessa guerra.
Sabemos que muito sangue ainda será derramado até que algo se estabilize.
Torçamos para que quando o ‘’desfecho’’ chegar, a ONU possa intervir de forma a
não incitar mais conflitos, e sim evitá-los. Mas, como em outras revoltas
árabes, a Síria não tem muitas perspectivas de paz e desfecho positivo à vista.
Levará um tempo para se começar a pensar em políticas para o pós-guerra.
Por: Raquel Viana Borsoi.
Muito boa a análise a respeito do assunto.
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