Há exatos dez anos, os Estados Unidos deram início a uma das mais guerras polêmicas da sua história. A invasão do Iraque era para acabar com armas de destruição em massa que nunca foram encontradas.
O regime de Saddam Hussein caiu em três semanas, mas a incursão militar de George W. Bush custou trilhões de dólares e centenas de milhares de vidas.
Quando as bombas americanas começaram a cair em Bagdá, o então presidente George W. Bush prometeu uma invasão rápida para eliminar as armas químicas e biológicas do regime de Saddam Hussein.
O custo seria entre US$ 50 e 60 bilhões, e as perdas humanas seriam mínimas. Só que a maior justificativa não se comprovou: o ditador iraquiano não tinha armas de destruição em massa, e a ocupação acabou durando oito anos.
O custo humano foi enorme: 190 mil mortos. E o custo financeiro, aqueles US$ 50 ou 60 bilhões, se multiplicou por mais de 40. A guerra no Iraque já custou US$ 2,2 trilhões ao Tesouro dos Estados Unidos.
Como explica o especialista em assuntos militares Christopher Preble, do Instituto Cato, em Washington, o público americano comprou uma guerra e recebeu outra.
O especialista em defesa e política internacional diz que o que mais marcou a guerra foi a forma como o governo conseguiu convencer a maioria do país de que a invasão do Iraque era necessária para a segurança americana e teria custo e risco baixo.
No Iraque, a violência está aumentando. Quase 60 pessoas morreram na terça-feira (19), vítimas de explosões em torno da capital. A rede terrorista al-Qaeda, que praticamente não tinha presença no Iraque no início da guerra, se fortaleceu depois da saída das tropas americanas, em 2011. E as facções religiosas - xiitas, sunitas e curdos - continuam se matando.
O caminho da recuperação é longo. “Dez anos se passaram e continuo sem casa adequada, eletricidade, água corrente ou educação para as crianças”, reclama um morador de Bagdá.
Alguns sinais do Iraque de hoje são positivos. O país voltou a ser um produtor de petróleo importante. Em muitas áreas de Bagdá se vê prosperidade econômica. Nas sextas-feiras, dia de descanso no mundo árabe, famílias vão ao centro para passear. “As coisas não estão ruins, mas precisamos de mais segurança para as crianças”, afirma uma mãe.
Fonte: g1.com
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