Em 1959, quando os irmãos Castro chegaram
ao poder, Fidel declarou que um homossexual jamais poderia ser um
revolucionário. Mais de 50 anos depois e após muitas perseguições, Cuba mostra
o contrário ao ter um primeiro transexual eleito para representar a pequena
cidade de Caibarién no Conselho Municipal.
Apesar da
discriminação ainda presente no país, José Agustín Hernánde, 48, que se
identifica como uma mulher de nome Adela, considera uma grande conquista a sua
eleição. Pode se dizer que tal conquista apenas foi possível devido a um
conjunto de fatores, entre eles, a gradual mudança das lideranças políticas, afastando
os velhos preconceitos vigentes -Fidel Castro, em entrevista a um jornal
mexicano, publicamente admitiu as perseguições aos homossexuais, as quais considerou
momentos de grande injustiça -outro fator que também contribuiu foi o apoio de
Mariela Castro, filha de Raúl Castro, à causa e a defesa desta em relação aos
direitos dos homossexuais. ''Eu abri
portas'' disse Hernánde; ''Existe um espaço agora pelo qual outros podem
andar'', completou.
É possível afirmar que exemplos como o de
Hernánde tendem a refletir em toda a ilha, abrindo espaço para que mais pessoas
lutem por seus direitos e rompam com o preconceito ainda existente. Apesar de
ser um pequeno triunfo em meio ao regime de Cuba, é importante ressaltar que
este demonstra ser um grande passo rumo às mudanças que o país tem se submetido
no governo de Raúl Castro.
Camila
Ferreira – aluna do 1º Semestre de Relações
Internacionais/Ri-UCB.
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