Após
o pronunciamento de que a Coreia do Norte quebraria o armistício com a Coreia
do Sul no sexagésimo aniversário da trégua da Guerra das Coreias (1950 – 953),
a Coreia do Norte corta a linha vermelha, linha telefônica entre Pyongyang
(capital da Coreia do Norte) com Seul (capital da Coreia do Sul) e ainda ameaça
cortar a linha com as forças da ONU. O armistício ainda é considerado válido
pela ONU, pois a Coreia do Norte não possui autoridade para romper o acordo
unilateralmente, e pede à mesma que respeite o armistício e ainda declara que
não irá tolerar a busca por mais armas nucleares e atos conexos.
Diante
dos treinamentos militares (Foal Eagle e Key Resolve) promovidos pelos Estados
Unidos da América em conjunto com a Coreia do Sul em território sul coreano, a
Coreia do Norte acusa os EUA de usar tais treinamentos como bases para futuros
ataques nucleares e organiza também exercícios militares como “defesa”.
Ademais
de toda a polêmica no cenário internacional, foram pedidas investigações de
crimes contra a humanidade em território norte coreano, entre eles o sequestro
de estrangeiros, a detenção arbitrária, campos de prisioneiros, tortura e
tratamento desumano.
Kim
Jong Ul, o atual líder norte coreano, visitou as tropas e as incitou para uma
guerra iminente e a explodir o quartel general sul coreano localizado na ilha
de Baengnyeong à menor provocação. A nação sul coreana está em estado de alerta
máximo para uma potencial guerra contra a nação norte coreano, e devido a tal
fato, os EUA mantêm navios com armas nucleares nas águas da Coreia do Sul para
o caso de alguma guerra.
No dia 15 de março, a KCNA (Korean Central
News Agency – Agência Central Coreana de Notícias) acusou os EUA e aliados e cyber ataques à rede norte coreana e de
tentar acessar informações confidenciais. “Não
é segredo para ninguém que os Estados fantoches dos Estados Unidos e da Coreia
do Sul estão reforçando suas forças cibernéticas numa tentativa de intensificar
as atividades subversivas e sabotagens contra a República Democrática Popular
da Coreia. (...) Eles estão seriamente enganados se pensam que podem reprimir
as vozes de justiça da República Democrática Popular da Coreia através de tais
atos” (tradução livre). O ataque cibernético foi chamado de um “ato covarde
e desprezível”.
No
dia seguinte, a Coreia do Norte anuncia futuros ataques a ilhas sul coreanas,
entre elas a ilha de Yeongpyeong, e aconselha seus habitantes a evacuarem. Essas
ilhas são particularmente vulneráveis a ataques, pois estão a cerca de 10
quilômetros da costa norte coreana.
O
novo presidente da China, Xi Jinping, foi pedido pelo presidente Barack Obama a
cooperar com a comunidade internacional e também pressione a Coreia do Norte,
porém o presidente chinês não se mostrou muito disposto a colaborar com os
Estados Unidos. Fica a dúvida do papel que a China irá tomar nos futuros
acontecimentos.
Fontes:
Estadão e BBC
Hariadna
Araujo de Paiva – aluna
do 1º Semestre de Relações Internacionais/Ri-UCB.
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