Entenda como tudo começou: as manifestações contra o governo começaram na cidade de Deraa, no
sul da Síria, em março de 2011, quando um grupo de pessoas se uniu para pedir a
libertação de 14 estudantes de uma escola local. Os alunos haviam sido presos e
supostamente torturados por terem escrito no mural do colégio o conhecido
slogan dos levantes revolucionários na Tunísia e no Egito: "As pessoas
querem a queda do regime".
O protesto reivindicava maior liberdade
e democracia na Síria, mas não a renúncia do presidente Bashar al-Assad. A
manifestação, pacífica, foi brutalmente interrompida pelas forças do governo,
que abriram fogo contra os opositores, matando quatro pessoas. No dia seguinte,
em meio ao funeral das vítimas, o governo sírio fez uma nova investida contra
os moradores de Deraa, causando a morte de mais uma pessoa. A reação
desproporcional do governo acabou por impulsionar o protesto para além das
fronteiras de Deraa. Cidades como Baniyas, Homs e Hama, além dos subúrbios de
Damasco, juntaram-se a partir desse episódio aos protestos contra o regime.
O braço militar da Coalizão Nacional
Síria deve receber armas, já que, caso contrário, a Al-Qaeda acabará se
impondo, declarou neste domingo o ministro francês das Relações Exteriores,
Laurent Fabius, à rede pública de televisão France 3 'É a coalizão nacional
síria, dirigida por Ahmed Moaz al-Khatib, (...) reconhecida por uma centena de
países, a responsável por garantir que na Síria de amanhã todas as comunidades
sejam respeitadas. E é o braço militar desta coalizão que deve receber armas,
caso sejam entregues armas', disse o ministro.
'Bashar al-Assad (o presidente sírio)
não quer ir embora. Se as coisas continuarem assim, não apenas haverá mais
mortos, mas serão os mais extremistas, ou seja, a Al-Qaeda, os que acabarão se
impondo', acrescentou.
A França se pronunciou nesta semana,
assim como a Grã-Bretanha, a favor de levantar o embargo europeu sobre as armas
para a oposição síria e pediu aos 27 países da União Europeia que tomem
rapidamente uma decisão neste sentido.
Letícia Lellis – aluna
do 1º Semestre de Relações Internacionais/Ri-UCB.
0 comentários
Postar um comentário
Deixe aqui a seu comentário.