A organização
terrorista ETA afirmou nesta terça-feira que a expulsão de seus negociadores da
Noruega trará "consequências negativas à resolução do conflito", no
qual se defende a independência do País Basco, situado ao norte da Espanha.
Em um comunicado publicado pelo site naiz.info, o jornal on-line da esquerda
independentista basca, a ETA oferece detalhes sobre a expulsão de seus membros
por parte da Noruega e, inclusive, nega que tenha tratado sobre desarmamento
com a Comissão Internacional de Verificação.
Os membros da ETA Josu Ternera, David Pla e Iratxe
Sorzabal foram obrigados a deixar à Noruega depois que o governo lhes dessem um
prazo que expirou no último dia 15 de fevereiro.
Segundo as autoridades norueguesas, a medida foi
tomada por causa da ausência de "gestos" que demonstrassem a vontade
do grupo de avançar no processo de paz iniciado em outubro de 2011 com a
cessação definitiva da violência.
Este último comunicado é o primeiro emitido pela ETA
neste ano e o sétimo desde que a cessação da violência foi anunciada.
No comunicado, escrito integralmente em euskera e
datado no dia 17 de março, a organização terrorista oferece sua versão desde os
supostos "compromissos" adquiridos com o governo socialista (PSOE),
anterior ao atual, até a recente expulsão de seus interlocutores da Noruega.
O comunicado também exalta que a ETA não teve
conversas sobre a questão do desarmamento com a Comissão Internacional de
Verificação, já que, segundo a organização, esse é um assunto que "fica
fora do mandato" dos verificadores.
A entrega das armas "não esteve e nem está"
na agenda de trabalho que a ETA mantém com a citada comissão e, por isso,
trata-se de um assunto que segundo sua opinião "está sendo utilizada de
maneira perversa" com o objetivo de "tapar a responsabilidade que o
Estado tem no bloqueio total do processo".
No entanto, a o grupo terrorista expressa sua
"disposição" para tratar sobre o desarmamento, mas "dentro de
uma agenda de diálogo que tenha por objetivo a superação definitiva de todas as
consequências do conflito".
Jhonatan Ferreira, aluno do 1º semestre de Relações Internacionais/Ri-UCB
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