Cerca de 500 manifestantes conseguiram no último dia 1º de março, a suspender temporariamente a derrubada de 22 metros do Muro de Berlim onde está localizada a East Side Gallery.
A obra pretende abrir espaço para a construção de uma ponte para pedestres de um condomínio de luxo que será construído próximo ao local. A East Side Gallery é coberta por obras de cerca de 120 artistas e é o maior trecho preservado do Muro de Berlim que dividiu a Alemanha Oriental da Alemanha Ocidental durante a Guerra Fria, com cerca de 1,3 km de extensão. Além disso é o segundo ponto turístico mais visitado da cidade de Berlim.
No dia 4 de março, cerca de 6 mil pessoas se juntaram em um protesto pacífico colocando notas falsas de 100 euros nas frestas do Muro, como crítica à especulação imobiliária no local. O futuro do projeto será discutido no próximo dia 18, em uma reunião entre representantes da comunidade, o investidor e a prefeitura.
Desde 1989, quando a maior parte dos 66 km foi derrubada, o Muro de Berlim representa a luta contra a opressão, motivo de orgulho da população alemã e parte importante da história mundial. A importância de um monumento histórico dessa magnitude deveria sobrepôr-se aos interesses econômicos de uma única empresa. Derrubar uma parte de sua extensão além de danificar obras de vários artistas, destrói um monumento histórico símbolo não só de uma luta alemã, mas de uma geração inteira.
Natália Evangelista, aluna do 1º semestre de Relações Internacionais/Ri-UCB
0 comentários
Postar um comentário
Deixe aqui a seu comentário.