O deputado federal e pastor, Marco Feliciano (PSC) é indicado para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmera dos Deputados. O pastor declarou em 2011 por meio de sua conta no Twitter que o amor entre pessoas do mesmo sexo levava "ao ódio, ao crime e à rejeição" e que os
descendentes de africanos seriam "amaldiçoados".
Um acordo de lideranças no dia 27/02/2013 estabeleceu que a presidência da comissão ficará com o Partido Social Cristão. O PT, que tradicionalmente comandava esse colegiado, abriu mão da vaga em favor da sigla cristã que faz parte da base de apoio do governo Dilma Rousseff. Feliciano confirmou ao grupo Estado que, no partido, seu nome é o escolhido para o cargo.
Ele avalia que a comissão hoje se tornou um espaço de defesa de "privilégios" de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais e defendeu "maior equilíbrio". "Se tem alguém que entende o que é direito das minorias e que já sofreu na pele o preconceito e a perseguição é o PSC, o cristianismo foi a religião que mais sofreu até hoje na Terra".
A possibilidade de Feliciano assumir a presidência da comissão gerou revolta entre parlamentares. O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-SP) afirmou ser "assustador" que o pastor assuma o órgão. "Ele é confessadamente homofóbico e fez declarações racistas sobre os africanos", afirmou.
Para a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), ex-vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, a escolha do pastor marca uma fase "obscura" do colegiado, pois a postura de Feliciano atentaria contra os princípios básicos dos direitos humanos. "Corremos o risco de mergulharmos no obscurantismo e negarmos a história da comissão. (O nome de Feliciano) não nos tem dado segurança. Posturas homofóbicas e racistas atentam contra os princípios básicos dos direitos humanos", disse.
Fonte: /www.estadao.com.br
Opinião:
Religião não pode ser mais vista como a base política de um Estado desde o século XVI e esse foi um dos motivos que impulsionaram o grande desenvolvimento da Inglaterra nesta época. As doutrinas religiosas do
cristianismo expressadas pelo Pastor Marco Feliciano não adequam-se as estruturas sociais deste país, justamente por irem de encontro ao que é defendido pela Declaração dos Direitos Humanos, sobretudo ao ARTIGO II:
“Todas as pessoas tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra razão. Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trata de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.”
O pastor deixa claro também que não promove a igualdade para as minorias, passando por cima de tantas outras religiões que aqui existem para impor as normas da sua. Para deixar claro, não é o fato do deputado federal Marco Feliciano ser evangélico que ele não mereça o cargo e sim pelo fato dele querer dirigir esta
comissão baseada nas ideologias que não mais se aplicam a nossa realidade.
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