E meio ao caos advindo com a crise econômica européia, diante da pressão de uma austeridade econômica, imposta principalmente pela Alemanha, e as recentes eleições legislativas, a Itália vive um impasse político não menos que curioso.
Depois das eleições que ocorreram em fevereiro de 2013 a coalizão centro-esquerda "Itália. Bem comum.", encabeçada pelo Partido Democrático (PD) de Pier Luigi Bersani, conquistou a maioria na Câmera dos Deputados, mas o Senado continua bem dividido. O sistema bicameral italiano estabelece a necessidade do apoio das duas casas para um a formação de um governo executivo. Por esse motivo sozinho Bersani reintegrou junto à imprensa sua vontade de compactuar com o partido de centro-direita, o Povo da Liberdade (PDL), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, cujo objetivo é o de consolidar um governo estável.
Neste contexto, o MoVimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo, ganha o amor da população e após o pleito, encontra-se com um terço de apoio no Senado italiano. Por conseguinte, Grillo tem recebido algumas propostas de coalizão, principalmente da centro-esquerda de Bersani, mas o político estrela aparentemente não pretende traçar alianças, uma vez que nutre críticas aos dois maiores partidos e também a Mario Monti, o atual primeiro ministro.
Sendo o PD e o PDL partidos de ideologias contrarias – uma coalizão seria um tanto quanto inusitada –, resta ao 5 Estrelas decidir por uma aliança política, o que tornaria possível a determinação de um novo primeiro-ministro, ou esperar que novas eleições se apresentem como uma luz no fim do túnel.
Fontes: g1.com
Victor Milhomem, aluno do 1º semestre de Relações Internacionais/Ri - UCB
Victor Milhomem, aluno do 1º semestre de Relações Internacionais/Ri - UCB
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