segunda-feira, 18 de março de 2013

Um quarto dos alemães apoiaria partido antieuro, diz pesquisa.
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     Um quarto dos alemães votaria em um partido que queira deixar o euro nas eleições federais de setembro, de acordo com uma pesquisa de opinião publicada nesta segunda-feira, que destaca o desconforto alemão com os custos da crise da zona do euro.

    Os principais partidos da Alemanha permanecem solidamente pró-euro, apesar de reclamarem dos resgates a países como a Grécia. Um tabu alemão sobre o nacionalismo, enraizado pelos crimes da era nazista, tem ajudado a abafar as vozes contrárias ao euro. Mas a pesquisa realizada pela TNS-Emnid para a revista semanal Focus mostrou que 26 por cento dos alemães consideram apoiar um partido que queira tirar a Alemanha do euro, e o apoio sobre para até 4 em cada 10 alemães na faixa etária de 40 a 49 anos.

      "Isso sugere que pode haver potencial aqui para um novo partido de protesto", disse o chefe do Emnid, Klaus Peter Schoeppner, à Focus. A pesquisa ouviu opiniões de uma amostra representativa de 1.007 pessoas entre 6 e 7 de março.
 
     Um novo movimento antieuro chamado "Alternativa para a Alemanha" (AFD), que inclui na maioria acadêmicos e empresários, deve realizar sua primeira reunião na segunda-feira em um subúrbio ao norte de Frankfurt. Um de seus fundadores, o professor de economia Bernd Lucke, disse à Focus que não estava preocupado se seria capaz de levantar as 2.000 assinaturas necessárias em cada região alemã para participar de eleição federal de setembro.

     "A República Federal da Alemanha está na mais profunda crise de sua história. A introdução do euro foi um erro fatal que ameaça nossa prosperidade. Os velhos partidos são desgastados. Eles estão teimosamente se recusando a admitir seu erro e corrigi-lo", disse o AFD.

Análise: A maioria conservadora que apoia essa mudança, talvez por ainda lembrarem-se do tempo em que o Fraco alemão impulsionava a Alemanha na economia. Porém, agora os tempos são outros. A economia esta globalizada, muito mais interdependente, e uma adoção de outra moeda perante a atual crise em que a Europa se encontra, possa fazer com que a Alemanha seja imersa de vez na mesma. E como a Alemanha é um dos países que resiste bravamente à recessão, a melhor alternativa seria aguardar sem nenhuma alteração radical.

Fonte: Estadão; Reuters 

Danilo Carmino, aluno do 1º semestre de Relações Internacionais/Ri-UCB.
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